terça-feira, julho 21, 2009

História Geral (rapidim)

A IDADE MÉDIA

A Idade Média ou Medieval, também conhecida por nomes pejorativos, dentre os quais Idade das Trevas, tem início com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476. Em 482, Clóvis I unifica tribos francas, conquista a Gália e com isso cria o Reino Franco, o qual foi, talvez, o mais poderoso da Europa no seu período. Em 511, ele morre e o Reino é dividido entre seus 4 filhos. A partir de 614, a nobreza passa a ter um representante perante o rei franco, o majordomus. Pepino, o Breve, então ocupante do referido posto, depõe o último rei da dinastia Merovíngia e, instalando-se no poder, dá início à dinastia Carolíngia.

No continente americano, do século IV ao X, os Maias viveram e prosperaram numa região compreendida entre a península de Yucatán (México) e territórios das atuais Honduras e Guatelama. Trata-se de um povo detentor de conhecimentos avançados, incluindo conceitos abstratos, tais como a idéia de ‘zero’ na Matemática. No final do período, foram dominados pelos Toltecas.

Em 630, as tribos da Arábia se unem, com base no Islamismo e na língua árabe, formando o Império Árabe, o qual existiu por mais de seis séculos. Dentre os fatores responsáveis pelo seu enfraquecimento, estão principalmente as disputas internas entre xiitas e sunitas e a formação de estados independentes. Em 1258 o império cai sob jugo mongol.

De 768 a 814, Carlos Magno, filho de Pepino, o Breve, exerce seu reinado sobre os Francos. Seu período foi de continuidade do expansionismo até então praticado. Foi, também, muito marcante na área cultural, sendo conhecido como Renascimento Carolíngio. No ano 800 é coroado imperador do Sacro Império Romano Germânico.

Em 843, o Tratado de Verdum põe fim às disputas sucessórias entre os netos de Carlos Magno, repartindo o reino entre Carlos, o Calvo, a quem é dada a parte francesa; Luis, o Germânico, recebe a porção alemã; Lotário fica com o território iniciado no Mar do Norte e terminado na Itália. Esse fato é apontado como o início da fragmentação da Europa e fonte do feudalismo.

No ano de 962, o Papa João XII coroa Otto I imperador do Sacro Império Romano Germânico, então formado de área abrangida pelo oeste da Alemanha, pela Áustria, Holanda, parte da Suíça e da Polônia e pela faixa leste da França. No século XII o império se enfraquece e no XIII é formado por uma porção de Estados (ou algo então semelhante a isso) nos quais o poder local supera o imperial. Luis V, último rei carolíngio na França, morre em 987. A nobreza local coloca Hugo Capeto, conde de Paris, no exercício do poder soberano, dando início à monarquia francesa.

Em 1054, a Igreja Cristã Ortodoxa e a Católica rompem, no episódio conhecido como Cisma do Oriente. No ano de 1066, Willian I, duque da Normandia, conquista as sete tribos da Inglaterra, submetendo-as a um poder centralizado. Tem-se aí o início de uma dinastia, bem como, da própria monarquia inglesa.

Entre 1085 e 1270, cavaleiros europeus cristãos promovem as Cruzadas com o objetivo de cristianizar a Palestina e a Ásia Menor (atual Turquia), além de difundir o Cristianismo e combater o Islamismo. De 1118 a 1312, estiveram em atividade os Cavaleiros Templários, grupo derivado das Cruzadas. Gêngis Khan fundou o Império Mongol em 1206, a partir da Ásia Central (onde atualmente está a Mongólia), expandindo-o pela China, Pérsia, chegando até o Mar Adriático. Morreu em 1227. Sob Kublai Khan, neto de Gêngis Khan, o império fez da China um dos centros mundiais mais importantes, destacando-se no comércio, notadamente no ramo de seda e porcelana. No século XIV o império entrou em decadência, fragmentando-se em tribos nômades em razão de disputas internas. Essas tribos foram dominadas pelos chineses em 1691. Na Inglaterra, a nobreza impõe ao rei João Sem Terra expressiva limitação de poderes através de regras consubstanciadas num documento chamado Carta Magna. Em 1231 a Igreja Católica funda a Inquisição, um tribunal instituído para tratar de questões denominadas ‘heresias’. No ano de 1275, o viajante Marco Polo chegou à China, então comandada por Kublai Khan, a serviço de quem Marco Polo passou certo período. Anos depois foi preso, no âmbito de um conflito entre genoveses e venezianos. Na prisão, esteve em companhia de um escritor, a quem ditou O livro das Maravilhas, no qual relata suas viagens. Rico em conhecimento, o livro ficou famoso e foi traduzido para várias línguas e serviu de referência para as navegações dos séculos XV e XVI. Ainda na Idade Média surgiria um novo império, o Turco Otomano, fundado em 1281. De caráter islâmico, esse Império sobreviveu até a Primeira Grande Guerra, quando seus últimos domínios foram definitivamente fragmentados. Também na América ocorreram movimentos imperiais. No século XIII, os Incas fundam, onde hoje está o Peru, a cidade de Cuzco, para ser a capital de seu Império, o qual chegou a ter território ocupante de área onde atualmente estão Equador, Bolívia e Chile. Assim como os já mencionados Maias, os Incas foram detentores de profundos conhecimentos, os quais se manifestaram sobretudo na construção da cidade de Machu Picchu (Peru), fundada por Pachacuchi no século XV. Essa civilização foi destruída pelos espanhóis no século seguinte. Em 1325, os Astecas fundam sua capital, Tenochtitlan, atual cidade do México, onde ainda se podem encontrar ruínas daquele povo, também vítima dos espanhóis no século XVI. Se no período a América dava apenas demonstrações de bonança, a Europa experimentaria, nos anos seguintes, terríveis acontecimentos. O primeiro deles foi a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), entre França e Inglaterra. Uma ilustre participante do conflito foi Joana D’Arc, integrante das tropas francesas, morta em 1431, aos 19 anos de idade. Não bastassem as baixas desse episódio, a Europa foi também sacudida pela Peste Negra, de 1347, perdendo 1 terço de sua população. Mais uma vez, a religião volta a protagonizar um evento marcante da Idade Média, no chamado Cisma do Ocidente, uma disputa sucessória papal envolvendo o lado romano e o francês. Na Península Ibérica, ocorreu em 1385 a Revolução de Avis, na qual se enfrentaram a nobreza e a burguesia portuguesas. A primeira pretendia união com outro povo ibérico, o Reino de Castela; a segunda, lutou pela formação de um Estado independente e, vitoriosa, instituiu uma monarquia para a qual coroou João I. Essa burguesia foi movida pela pretensão de fortalecer sua atividade econômica, a saber, o comércio, e não tardou muito para confirmar o acerto de sua opção, pois já em 1415, Portugal, dando início à sua expansão marítima comercial, conquistou Ceuta, no Norte da África, hoje uma possessão espanhola no referido continente. A Idade Média, por muitos referida como Idade das Trevas, não chegou a seu fim sem antes experimentar um período de inegável contrastante com essa alcunha. Trata-se do Renascimento, movimento difundido a partir da Itália e ocorrido nos costumes, ciências e, sobretudo, nas artes, caracterizado principalmente pelo ressurgimento de valores da Idade Antiga, de padrões Greco-Romanos. O evento atravessa, pelo menos, os séculos XV e XVI. Em 1453, o Império Turco Otomano invade Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente. Esse evento põe fim não só ao Império Bizantino, como também é conhecido, mas à própria Idade Média.